Presidente do CNE na Universidade de São Paulo

2025-08-07


O Presidente do CNE, Domingos Fernandes, esteve na Universidade de São Paulo (USP) onde proferiu uma conferência e realizou duas sessões de trabalho com docentes responsáveis por cursos de graduação de todas as áreas científicas.

Domingos Fernandes proferiu a conferência de abertura do 10º Congresso de Graduação da USP intitulada “Avaliação, Currículo, Pedagogia e Inovação: Fundamentos para a Transformação e Melhoria da Educação”. O Congresso decorreu entre os dias 6 e 8 de agosto com mais de 1000 participantes incluindo alunos e docentes de todos os cursos de licenciatura. Trata-se de uma iniciativa ainda pouco comum e que permite uma real interação entre docentes e estudantes através de mesas redondas, apresentação de posters e conferências.

Na sua conferência, o Presidente do CNE teve oportunidade para partilhar com os participantes as principais responsabilidades institucionais do conselho que são sensivelmente distintas das que cabem ao seu congénere do Brasil. Seguidamente, discorreu acerca do que designou como “fundamentos essenciais e incontornáveis” para transformar e melhorar a educação e que decorrem das conceções que se desenvolvem acerca do Currículo, da Pedagogia e da Avaliação. Nestes termos, considerou fundamental que todos os profissionais estudem e discutam profundamente cada um dos elementos desta tríade de domínios do conhecimento. Consequentemente, apresentou e discutiu algumas das questões críticas de cada um, recorrendo a uma diversidade de ideias e conceções sustentadas por filósofos, sociólogos, cientistas e investigadores de diferentes países. Finalmente, apresentou e discutiu algumas recomendações para a concretização dos desígnios entretanto enunciados.

Domingos Fernandes orientou ainda duas sessões de trabalho destinadas exclusivamente a docentes da USP, no âmbito do “Programa Profissional de Formação Docente” em curso permanente nesta universidade. Na primeira sessão, realizada na tarde do dia 11 de agosto, intitulada “Avaliação das Aprendizagens no Ensino Superior”, foram apresentadas e discutidas uma diversidade de questões consideradas essenciais para que a avaliação possa ser assumida como um processo eminentemente pedagógico cujo principal propósito é distribuir feedback de elevada qualidade para que os alunos possam aprender mais e melhor, com mais compreensão. Na segunda sessão, realizada na tarde de 12 de agosto, intitulada “Avaliação de Cursos Universitários”, centrou-se na avaliação do que em Portugal se designam por cursos de licenciatura. Utilizando as perspetivas normalmente utilizadas na chamada “Avaliação de Programas”, foram discutidas questões ontológicas, epistemológicas e metodológicas que contribuem para a compreensão e o desenvolvimento de aspetos tais como a natureza da avaliação, os seus propósitos, a sua utilidade e a sua qualidade. Foi ainda possível apresentar e discutir as características que distinguem a avaliação da investigação assim como uma diversidade de estratégias que podem ser utilizadas para desenvolver uma avaliação de cursos universitários que possa ser considerada rigorosa, plausível, credível e útil.

Um aspeto a destacar nestas duas sessões foi o facto de os participantes serem responsáveis por licenciaturas de uma diversidade de áreas científicas tais como artes, humanidades, tecnologias, engenharias, matemática, química e física.


Sao Paulo 1

Sao Paulo 2

Créditos das fotografias: Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo (USP)